20 de maio de 2012

Professora define perfil dos jovens da chamada "geração Y"

Jovens do Brasil inteiro estão reunidos desde a última sexta-feira em Brasília participando do Seminário de Jovens Comunicadores, que tem como tema "Jovens católicos: comunicação que transforma vidas". Um dos painéis apresentados ontem, 19, à tarde abordou algumas das características do jovem atual, a chamada geração Y.

A professora de jornalismo digital na Universidade de São Paulo (USP), Elisabeth Saad, que apresentou o painel “Geração Y: atrair. Enquadrar, reter ou só entender”, explicou que a geração Y é aquela nascida nos anos 80 até 1990 e que hoje ocupa uma posição de comando ou estão quase lá. “É um grupo jovem, seguros de si, muito conectado com o mundo digital e extremamente acelerados. São impacientes e consideram-se donos da verdade”, explicou.

Sobre a melhor forma de lidar com essa geração, a professora disse que não há uma receita pronta, já que o relacionamento depende de cada ambiente e circunstância. Mas no geral, ela contou que é necessária muita paciência e firmeza por parte das lideranças para se relacionar com esses jovens.

Sobre a importância que o Seminário vai trazer para os profissionais da área, Elisabeth se mostrou otimista. “Toda e qualquer iniciativa que objetiva ao diálogo e à troca de experiências é muito positiva e sempre resulta em contribuições”. 

O seminário termina neste domingo, 20. Na parte da manhã, às 10h40, está previsto um plenário sobre os jovens conectados e o plano nacional de evangelização, com a presença do Presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro da Silva (SDB) e dos padres Antônio Ramos do Prado e Carlos Sávio da Costa Ribeiro. Em seguida, Dom Eduardo preside a Celebração Eucarística que encerra as atividades do evento. 

Igreja celebra hoje Dia Mundial da Comunicações Sociais


A Igreja Católica celebra neste domingo, 20, o 46° Dia Mundial das Comunicações Sociais, afirmando que “silêncio” e “palavra” são partes dos processos de comunicação, nomeadamente quando estão em causa projetos de evangelização. A data é celebrada anualmente pela Igreja na Solenidade da Ascensão do Senhor.

"Silêncio e palavra: caminho de evangelização" é precisamente o tema da mensagem de Bento XVI para esta jornada, onde o Papa sublinha que “o silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo”.

Na mensagem, o Papa destaca que Deus fala ao homem no silêncio e ali também o homem pode se comunicar com Ele.

“Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus... Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de “anunciar o que vimos e ouvimos”, a fim de que todos estejam em comunhão com Deus".
Segundo o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, o grande desafio proposto pelo Papa Bento XVI na mensagem deste ano é bem pertinente porque recorda aos profissionais de comunicação que o silêncio favorece a reflexão para que os temas abordados nas notícias apresentem as palavras mais indicadas para uma comunicação ética e verdadeira.

"Num tempo de tanto barulho e rumor, as pessoas sentem necessidade desses momentos de silêncio, seja na vida pessoal ou na vida social. Um profissional de comunicação, em meio a tanta produção de conteúdos e a pressões para produzir mais, necessita muito mais dessas ocasiões de silêncio", ponderou.



Jesus te ama!

Mês Mariano



Ao longo da História, foram poucas as mulheres que romperam com o preconceito e conseguiram participar efetivamente dos fatos e acontecimentos significativos de seu tempo, alcançando seus objetivos e ganhando o devido reconhecimento. Maria foi uma dessas mulheres, senão, a principal delas.
Ainda muito jovem, ficou noiva de José, um homem honesto e bem mais velho do que ela, que não tardaria em tomá-la como esposa. Vivendo em uma sociedade judaica que estava sob a dominação dos romanos, onde a mulher pouco ou quase nada valia, esta jovem percebe, em um momento de inconfundível beleza, a presença de Deus em sua vida. E Deus a convida para ser a mãe de seu Filho predileto, Jesus Cristo, que assumiu a condição humana e veio ao mundo para nos ensinar que o amor é o único caminho que, verdadeiramente, nos leva à felicidade.

Maria disse "sim" a Deus e levou este "sim" às últimas conseqüências. Por ação direta e exclusiva do Espírito Santo, ficou grávida antes de se casar e correu o risco de ser apedrejada, conforme mandava a lei daquela época. Suportou a desconfiança de seu esposo; suportou as dificuldades inerentes à pobreza; suportou a perseguição de homens poderosos e cruéis, como Herodes, que tentou matar Jesus ainda quando criança. Por fim, suportou a dor de ver seu Filho inocente ser condenado, cruelmente agredido e crucificado. Suportou tudo isso sem perder a fé, a confiança, a dignidade e a esperança em seu Deus. Suportou tudo por amor, já que o amor tudo suporta (1°Coríntios 13,7). Suportou tudo em silêncio. Silêncio que não significa covardia e omissão, mas que se traduz em serviço constante, em humildade, em entrega total e absoluta ao papel que lhe havia sido reservado por Deus na história da humanidade. Em silêncio Maria viveu sua opção por Cristo. E, agindo assim, deu exemplo de fé, de coragem, de conversão autêntica, de adesão absoluta ao plano de Deus para a salvação dos homens. Ao mesmo tempo iniciou uma luta pelo resgate da dignidade da mulher, perdida em meio aos abusos de uma sociedade patriarcal, preconceituosa e machista. Essa luta sobreviveu até hoje e se fortaleceu ao longo de inúmeras gerações. Muitas vitórias já foram conquistadas. Entretanto, muita coisa precisa melhorar.

Existem no mundo milhões de "Marias" que, a despeito de toda a evolução política, econômica, social e tecnológica, ainda não conseguiram um local digno para morar, assistência médica eficiente, emprego e salários compatíveis com suas necessidades, respeito profissional e igualdade de direitos e deveres em relação aos homens. A mulher segue sendo marginalizada, discriminada e explorada. Muitas ainda comercializam seus corpos e até mesmo seus filhos para conseguirem um mísero pedaço de pão.

Ao dizer a Deus "Faça-se em mim segundo a vossa palavra", Maria revolucionou a História. Em seu silêncio, disse mais do que ninguém que é preciso lutar constantemente pelo estabelecimento da justiça, da paz, da liberdade, da fraternidade e da igualdade em nosso mundo. Ao abrir seu coração a Cristo, ela rompeu com as barreira do egoísmo humano e nos ensinou que é preciso amar a todos, independente da raça, da cor da pele e do sexo.
Apesar de todo o sofrimento que vivenciou, Maria tornou-se uma mulher vitoriosa e feliz. Nós a chamamos de bendita e bendizemos também a seu Filho, Jesus, que num gesto de amor, fez com que ela se tornasse mãe de todos nós (João 19, 25-27).

Em maio, o desabrochar das flores manifesta com originalidade e beleza o milagre da vida. A tradição católica escolheu este período do ano para venerar com especial devoção a Maria, que, com simplicidade e fidelidade inimitáveis, vivenciou os ensinamentos de Cristo, caminho, verdade e vida. Rezemos com fé renovada a Ave Maria, oração que exprime com perfeição o mistério da serva bem-aventurada de Deus.